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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Novo restaurante oferece ponto de apoio


O Restaurante VILLA PAMPULHA situado na avenida Otacílio Negrão de Lima n. 6840 (veja mapa) esta oferencendo aos ciclista um novo ponto de apoio . O Convite foi feito pelo empresario José Ribeiro que futurante quer oferecer serviços terceriazados diferenciados aos ciclista da associação. O primeiro contacto foi feito atraves do Atleta Paulo Aquino - 83 (Tanden), que esperimetou o macarão oferecido pelo estabelecimento, e aprovou. Vamos agendar uma reunião para discutirmos o apoio oferecido tais como : guarda de bicicletas , apoio mecanico, local para confraternizações e reuniões e quem sabe um desconto especial para os associados e familiares . Aguardem noticias .

META E CHEGADA DO FRANGO

Será disputado nesta Quinta feira dia 30/10 aultima etapa da Meta e Chegada do Frango. Incrições no local ,R$ 5,00 mais um pacote de macarão . Largada as 19:00 . Prestigie .

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

RESULTADO CONTRA RELOGIO- COMENTARIOS

Foi realizado ontem na Mg 10 estrada pra Confins a etapa de contra relógio valendo para o título de campeão nas categorias A B e C. O objetivo maior foi para definirmos se a prova iria fazer parte do calendário de 2009 e treinamento da equipe responsável pela cronometragem , que alias esta de parabéns . Quero agradece aos ciclistas s que prestigiaram o evento que contou com apenas 13 atletas, um fato lastimável da falta de apoio da maioria , pois é muito desmotivante para que organizada e desempenha para que tudo saia perfeito. Segundo Marcelo Castelões ele prefere colocar a culpa no tempo que amanheceu chuvoso e a mudança do horário de verão o motivo para o baixo numero de inscrições .
A prova em tudo foi um sucesso os tempos foram computados corretamente e o trajeto apesar da subida foi aprovado por todos. O local de largada também oferece uma estrutura boa para atender a todos como área para estacionamento, banheiros decente lanchonete etc . Apenas o local de chegada vai ser alterado, se deslocando uns 500 metros mas a frente para uma melhor visualização por parte dos atletas . Enfim a prova vai fazer parte do calendário de 2009 na primeira etapa ( o1 de março) e 8 etapa ( o4 de outubro). Abaixo o resultado por colocação.



sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Odontologia e os Esportes


Frente a um acidente esportivo envolvendo as estruturas bucais devemos buscar de imediato o aconselhamento e atendimento de um Cirurgião-Dentista que pratique Odontologia Desportiva. Porém, freqüentemente a saúde bucal é negligenciada pelos atletas por não se darem conta da relação existente entre -boca saudável e corpo saudável-. Mas, afinal, o que é Odontologia Desportiva? É uma área da Odontologia ligada à Educação Física que atua junto a uma equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos), visando uma saúde bucal equilibrada, de forma a trazer ao atleta, profissional ou não, melhor desempenho esportivo, proteção e conseqüentemente melhor saúde geral. O Cirurgião-Dentista que trabalha com Odontologia Desportiva está apto a prestar atendimento em casos de acidentes esportivos, oferecendo protocolo de atendimento e tratamento específico a cada tipo de trauma bucal. Entretanto, Odontologia Desportiva não se resume aos tratamentos emergenciais, visa também garantir saúde bucal ao desportista, detectando precocemente fatores prejudiciais à sua saúde e desempenho, como cáries, problemas gengivais, alterações mastigatórias e respiratórias, fraturas, entre tantos outros. Os traumatismos bucais e crises dolorosas afetam sensivelmente o desempenho do atleta (chegando até 30% de perda de rendimento), seja de forma psicológica ou mesmo física, ao passo que um ambiente bucal saudável permite o funcionamento do organismo de uma maneira mais eficiente, desde uma melhor mastigação e digestão dos alimentos até mesmo o suporte apropriado da musculatura do corpo. Estudos mostram que esportes como ciclismo estão entre os que mais expõem o atleta a traumas dentais, onde o impacto da região frontal da face quase sempre é inevitável. Para os praticantes de atletismo, incluindo corridas de rua, um acompanhamento odontológico também faz-se necessário, tendo em vista o trauma constante entre os dentes devido ao impacto da corrida, necessitando de materiais específicos para reconstrução ou mesmo restauração dos dentes. Segundo a National Youth Sports Foundation, estima-se perda de 5 milhões de dentes ao ano devido as práticas desportivas; este tipo de trauma corresponde ao terceiro atendimento relacionado à traumas na face, levando a perda dental imediata no momento do acidente ou tardia devido a complicações posteriores das estruturas bucais. Os traumas mais comuns que acometem atletas são lesões de tecidos moles (lábios, bochechas, gengivas), fraturas dentais, luxações, perda do dente por inteiro e em casos mais severos nos deparamos com fraturas maxilares e mandibulares. Então, como se proteger? Assim como para cada modalidade esportiva existe determinado equipamento de proteção, a Odontologia Desportiva preconiza a utilização do protetor bucal como equipamento de proteção para os dentes e estruturas orofaciais. Os protetores bucais agem distribuindo a força do impacto, prevenindo fraturas dentais e ósseas bem como tecidos moles, como lábios e bochechas. Segundo a American Dental Association (ADA), cerca de 200 mil traumas são evitados ao ano devido ao uso de protetores bucais não só nos momentos da competição, mas também nos períodos de treinamento. Dentre os protetores bucais existem os pré-fabricados encontrados no mercado, porém não garantem adaptação satisfatória, deixando a desejar no quesito fundamental a que se propõe: proteção. Os protetores bucais mais indicados são os confeccionados pelo Cirurgião-Dentista, pois serão personalizados e terão encaixe apropriado, proporcionando maior conforto sem alteração da fala ou respiração, ao contrário dos convencionais. Para concluir, a Odontologia Desportiva apesar de bastante reconhecida e aplicada em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, entre outros, cresce lentamente no Brasil. Contudo, acreditamos que a correlação existente entre a Odontologia e os esportes tem levado organizações esportivas e atletas a darem a devida importância à especialidade e investirem no profissional adequado, já que uma condição bucal saudável, sem dúvida, dá o suporte necessário para que o atleta busque o seu melhor.
A Drª Débora Corrêa, que assina este artigo, é Cirurgiã-Dentista (CROSP 67.519) com aperfeiçoamento em Odontologia Desportiva pela Universidade de São Paulo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ALTERAÇÃO DA VELOCIDADE 1º VOLTA GIRO DA LAGOA



A alteração de 32 K/m para 30K/m é apenas uma medida para priorizar e estimular novos atletas a participarem. Tal mudança não acarretara alterações, pois a mesma ,já vinha ocorrendo na pratica .

quarta-feira, 15 de outubro de 2008






Bicicletas recicladas
O título pode enganar. Na verdade, as bicicletas não rodam mais, mas por outro lado foram recicladas de uma forma pra lá de legal: viraram móveis super estilosos. Criação da Bike Furniture Design, que desde 1990 cria peças a partir de bicicletas usadas, os móveis são extremamente funcionais e decorativos. Hoje, partes de automóveis e trens também foram incorporadas na confecção do mobiliário. Mesas, cadeiras, poltronas, entre outros, são alguns dos itens feitos pela BFD. "Pedalantemente legaus"!


Tem gente ai que quando aposentar vai comprar uma destas ai , so pra matar saudade! Risos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Nova Reunião



Sera realizado nesta quarta feira na X-PRO uma nova reunião entre os membros da Diretoria para plenejamento e estrategicas da união , metas, bem como montar o calendrio 2009. Em breve estaremos agendando, entre todos os associados uma nova reunião para apresentarmos todo o planejamento e discurtimos assuntos gerais de interesse de todos .

VOANDO BAIXO PARA CONFNS - ETAPA CONTRA RELOGIO



Até a presente data, nehum atleta confirmou a presença para participar do evento , portanto,
solicito a todos os interessados que apenas confirmem sua presença , para que possamos planejar a listageem de ordem de largada , que sera elaborada de acordo com o grupo x idade.
(atleta mais velhos largaram na frente) . Caso o numero de incristos seja inferior a 20 atletas fica altomatiicamente CANCELADO o evento por falta de coreo. Valor da incrições R$ 10.00 a ser pago somente no local da prova . .
DIA DO EVENTO :19/10/2008 .
CONCENTRAÇÃO : As 07:45
LARGADA : 9:01horas .
PERCURSO : Do posto até a reta após o primeiro retorno.antes do aeroporto.
ligar . Marcelo 33712787 até as 20 horas.

A Equipe XPRO Marcou Presença no Campeonato Mineiro de Ciclismo



sábado, 11 de outubro de 2008

Acidentes relacionados ao ciclismo





Comentário"

O ciclismo é um tipo popular de recreação entre as pessoas de todas as idades, porém acidentes relacionados a esta modalidade são bastante comuns, podendo levar a seqüelas e até à morte. Em geral os acidentes são mais comuns com pessoas do sexo masculino e estão relacionados com a velocidade, sendo os fatais com freqüência devido a colisões com outros veículos motorizados. Apesar das lesões superficiais da pele e da musculatura serem as mais comuns, os traumas cranianos são os responsáveis pela maior mortalidade e pelo maior tempo de inatividade".

Em 1994, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, estimou que 72,7% das crianças com idade entre cinco e 14 anos possuíam algum tipo de bicicleta (62% do tipo mountain-bike), perfazendo um total de 27,7 milhões de crianças ciclistas.Um trabalho apresentado por MATTHEW J. THOMPSON, M.B., CH.B, and FREDERICK P. RIVARA, M.D., M.P.H. da University of Washington School of Medicine, Seattle, Washington, apresenta dados interessantes.Os autores mencionam que os acidentes relacionados ao ciclismo são responsáveis por aproximadamente 900 mortes, 23.000 internações hospitalares, 580.000 visitas ao departamento de emergência e, a mais de 1,2 milhões de visitas médicas, por ano, nos Estados Unidos. O custo anual estimado em mais de oito bilhões de dólares. Em 1988 foi estimado que aproximadamente 4,4 milhões de crianças, com idade entre cinco e 17 anos, foram feridas em acidentes envolvendo a participação em esportes ou recreação, sendo que destes, 10% a 40 % se relacionavam com o ciclismo.


Entre as condições de risco para os acidentes devido ao ciclismo, o estudo destaca: ciclista do sexo masculino; idade entre nove e 14 anos; verão; fim de tarde ou no início da noite; não usar capacete; automóvel envolvido; ambiente inseguro; ciclista portador de distúrbio psiquiátrico; intoxicação (álcool e outras drogas); competições com de mountain-bike.

Causas-

As causas apontadas foram principalmente falhas do ciclista como perda de controle, inexperiência, realização de acrobacias e alta velocidade, falha do motorista de outro veículo envolvido, ambientes perigosos (obstáculos, cascalho na pista) e problemas mecânicos na bicicleta. Em geral, as colisões com outros veículos e a alta velocidade são os responsáveis pelos acidentes fatais.


Tipos de Traumas -
No levantamento realizado as lesões se localizam primeiramente nas extremidades, seguidas de lesões na cabeça, face, abdômen ou tórax e pescoço. Os traumas superficiais são os mais freqüentes e se caracterizam por abrasões, contusões e lacerações. As abrasões podem envolver parcial ou totalmente a espessura da pele, sendo no último caso, necessária uma intervenção cirúrgica para prevenir “tatuagens traumáticas”. As distensões, fraturas e luxações também são comuns, podendo ser identificadas por deformidades, edema, dor, hematomas ou alteração da função. Muitas vezes é necessário um estudo de imagem para o diagnóstico.Os traumas cranianos (contusão cerebral, hemorragia intracraniana, fraturas) ocorreram em 22% a 47% dos ciclistas acidentados, sendo responsáveis por 60% dos óbitos e por um longo tempo de inatividade. As lesões do pescoço foram raras, e geralmente decorreram de colisão direta com outro veículo. O trauma abdominal é representado por lesões no baço, fígado, pâncreas, rins, hérnias traumáticas e fraturas pélvicas dentre outras. O trauma perineal pode envolver os órgãos genitais e a uretra. Foi mencionado que os ciclistas “rurais” (off-road) têm uma incidência de acidentes 40% menor que os urbanos.Outras lesõesO trabalho destacou que a atividade ciclística propicia, além do trauma, lesões tardias, que ocorrem principalmente devido à constância da atividade (principalmente em competidores) e ao posicionamento incorreto do ciclista (com relação ao assento e ao pedal). As dores no pescoço e nas costas foram as queixas mais comuns dos ciclistas.


Os especialistas sugerem que os alongamentos são benéficos antes do ciclismo e que se deve diminuir a distância ao guidão e reduzir discretamente a inclinação do selim.(10 a 15 graus). A pressão prolongada do guidão e a posição dos punhos podem levar a uma neuropatia progressiva nas mãos, sendo a mais comum a síndrome do túnel do carpo.Outras medidas preventivas sugeridas incluíram utilizar um selim mais confortável, vestir bermudas com almofadas e utilizar todos os equipamentos de segurança. A interação entre atrito, suor e roupas justas propicia maceração e irritação da pele na virilha.O uso de capacetes produz um efeito substancial reduzindo em 74% a 85% as lesões na cabeça e em aproximadamente 65% traumas na região superior da face e no nariz, desde que utilizado corretamente. Medidas de conscientização quanto ao uso de capacetes estão sendo muito eficazes nos Estados Unidos, propiciando um aumento na adesão de 40% a 50% em várias comunidades. A utilização de luvas reduz substancialmente as lesões superficiais da mão e previne a compressão de nervos. O uso de óculos de policarboneto protege contra os raios solares e corpos estranhos.No geral, crianças menores de 10 anos devem evitar pedalar em locais com tráfego de veículos e as demais devem treinar, antecipar os erros dos motoristas e avaliar as condições de tempo. Outras medidas eficazes sugeridas consistem em separar ciclistas e motoristas (ciclovia) e proibir que eles andem no passeio (um estudo recente mostrou que andar no passeio é mais perigoso que andar nas ruas).


É muito oportuna a discussão sobre os riscos e a prevenção de acidentes envolvendo ciclistas. O número de adeptos do ciclismo em todo o mundo é muito grande, seja como atividade esportiva, recreativa ou de trabalho. As crianças e os adolescentes são especialmente vulneráveis aos acidentes com bicicletas. Andar de bicicleta está associado a uma sensação de liberdade, aventura e prazer. Os benefícios para o desenvolvimento físico e emocional são inequívocos, entretanto, ao adotar o hábito é fundamental que os jovens sejam corretamente orientados e supervisionados pelos adultos responsáveis.
Referências Bibliográficas:
1. MATTHEW J. THOMPSON, M.B., CH.B, and FREDERICK P. RIVARA, M.D., M.P.H.; University of Washington School of Medicine, Seattle, Washington.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

ENTREVISTA /REPORTAGEM REDE MINAS


ATENÇÃO ATLETAS
Na proxima Quarta feira ,dia 08/10/2008 as 19:00 hrs Tv Minas vai apresentar a nossa reportagem e intrevista que foi gravada na lagoa e no programa Brail das Gerais. Não percam !
QUARTA FEIRA 19:00 HORAS

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Só com ciclistas daria para eleger um presidente"

O Brasil tem uma frota de cerca de 100 milhões de bicicletas – quatro para cada carro – mas as cidades pouco fazem para dar segurança aos ciclistas ou estimular esse meio de transporte.
Considerando a proximidade das eleições municipais, o Blog das Ruas convidou o cicloativista André Pasqualini para falar sobre a utilização das bicicletas nos centros urbanos brasileiros.
André Pasqualini "protegendo-se" da poluição
Analista de sistemas, Pasqualini, 34, transformou sua paixão por pedalar em ideologia de vida. Desde 2000, mantém o site cicloBR, através do qual articula e informa outros colegas de pedal sobre o que acontece no universo das bikes, com ênfase especial no ciclista urbano. Há pouco mais de três meses, foi preso pela polícia de São Paulo – e logo depois liberado - numa manifestações em que muitos ciclistas tiraram a roupa para mostrar como “sentiam-se nus” diante dos carros.
O ativista mostra as muitas funções da bicicleta
Participa ativamente da bicicletada (massa crítica), movimento de ciclistas que, sempre na última sexta do mês, toma conta de algumas cidades brasileiras. - Me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas (eleitores) que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta – diz. Na entrevista abaixo, André fala sobre o universo dos ciclistas urbanos, sugere medidas para o poder público incentivar o uso da bicicleta e comenta como as campanhas municipais têm utilizado o tema. Blog das Ruas - Você tem contatos com muitos ciclistas pelo Brasil. Qual seria o cenário hoje do uso das bicicletas nos centros urbanos brasileiros? André Pasqualini - Segundo números da Abradib, em 2006 a frota de bicicletas era de 75 milhões. Isso números da indústria, sem contar as bicicletas feitas artesanalmente ou em pequenas fábricas. Facilmente devemos ter no Brasil algo como 100 milhões de bicicletas contra uma frota de 25 milhões de carros. Cerca de 70% das bicicletas brasileiras são usadas como meio de transporte, ou seja, só com os ciclistas daria para eleger um presidente da República. Mas no Brasil, a maior parte dos investimentos viários visa beneficiar o deslocamento individual motorizado, colocando em segundo plano (quando não ignoram) ciclistas, pedestres e usuários de transporte público. Mas o ativismo (ou cicloativismo) vem crescendo no país inteiro e ele acaba trazendo frutos para que haja uma mudança cultural que irá influenciar nossos futuros governantes. Tudo ainda é muito tímido, mas sinto que a mudança será inevitável.
Bicicletada: exemplo do ativismo crescente
Infelizmente, São Paulo acaba sendo exemplo para todo o Brasil (principalmente um mau exemplo) e muitas cidades acabam copiando o péssimo modelo paulista de administração do espaço público onde a prioridade ao carro é total. Se conseguirmos mudar esse modelo em São Paulo, temos certeza que ele também será copiado por outras cidades, poupando os demais centros urbanos do caos e malefícios que essa política urbana trouxe para a nossa cidade. Conhece alguma cidade brasileira que tenha realizado experiência de integração do transporte público com a bicicleta, a exemplo de Paris e Lyon? No Brasil ainda não há nenhuma cidade com um modelo parecido. São Paulo acaba de lançar seu modelo de aluguel de bicicletas, sendo implantado basicamente no Centro expandido da cidade, região onde é mais seguro se pedalar, mas esse sistema ainda tem que evoluir muito. O Rio também esta prestes a implantar um modelo como esse. Tem ainda a cidade de Sorocaba, que fica a 100 km de São Paulo. Uma cidade com 600 mil habitantes que já construiu 40 km de ciclovias e tem um plano cicloviário de 80 km a serem construídos até o final do ano. O prefeito daquela cidade fez uma promessa de campanha de criar um sistema como esse mas com aluguel totalmente gratuito à população. Se realmente não ficar só na promessa essa cidade tende a ser um ótimo exemplo de mudança cultural a partir do incentivo à bicicleta. Daí não precisaremos viajar até Bogotá para ver bons exemplos, teremos um ótimo exemplo bem próximo de nós. O que mais te choca na questão do pouco investimento? Isso gera pouca utilização das bicicletas? Na verdade, não vejo assim. Segundo a pesquisa Origem e Destino (OD) do Metrô, 350 mil ciclistas usam a bicicleta diariamente como meio de transporte só em São Paulo. Mas essa pesquisa só considera o modal maior, ou seja, se o cara vai pedalando até a estação e segue de Metrô; só é considerado o deslocamento de Metrô e não de Bicicleta. Portanto esse número tende a ser muito maior. Há muitos ciclistas pedalando nos centros urbanos, mas eles são invisíveis, pois eles não ocupam espaço, não fazem barulho, não perturbam as pessoas e dá essa impressão de que tem pouca gente andando de bicicleta. Se temos 75 milhões de bicicletas e 70% delas são usadas como meio de transporte, isso é mais que todos os deslocamentos individuais motorizados feitos no Brasil.
Bicicletas: maioria (ainda) sem prestígio
Portanto, o que mais me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas, eleitores, que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta. Preferem continuar estimulando as pessoas a comprarem carros, degradando as cidades, gastando bilhões devido ao aumento de acidentes, com os problemas gerados pela poluição e por aí vai. Como ciclista e ativista, qual o principal prejuízo gerado pela falta da prática do ciclismo nas cidades? A qualidade de vida das pessoas nos centros urbanos poderia ser muito melhor se tivéssemos um grande fomento ao uso da bicicleta. Sem contar que, com mais bicicletas nas ruas, os carros seriam obrigados a andar mais devagar, poluiriam menos, fariam menos barulho e deixariam as ruas mais convidativas para que as pessoas ocupassem os espaços públicos.
Cicloativistas "ensinam" o poder público a sinalizar as ruas
Uma simples mudança de prioridades, colocando o carro em último e, em primeiro, o pedestre e a bicicleta, além do usuário de transporte público, seria o suficiente para melhorar de imediato a qualidade de vida das pessoas. O que é possível ser feito de imediato para promover nas maiores cidades brasileiras, num período relativamente curto (próximos quatros anos), mudanças neste cenário? Quatro anos é muito tempo, dá para ser feito já. Sinalizar ruas informando aos motoristas sobre o tráfego de ciclistas, realizar campanhas de educação informando aos motoristas que a rua não é deles e sim de toda a população, e até de quem não tem carro! As cidades que quiserem fazer algo a longo prazo têm que investir primeiro num Plano Cicloviário, estudando onde podem ser construídas ciclovias, ciclofaixas ou criar zonas 30, onde os motoristas têm que andar a 30 km/h, o que beneficia pedestres e ciclistas.
Cicloativismo no Dia Mundial Sem Carro (22.09)
Aparelhar o sistema de transporte público com bicicletários e paraciclos para integrar a bicicleta a eles. Obrigar estabelecimentos comerciais com vagas para carros a destinarem vagas para bicicletas e por aí vai. Existe uma quantidade absurda de pessoas que gostariam de pedalar mas não fazem por medo. Em todas as experiências mundiais onde o estado fomentou o uso da bicicleta, ela cresceu absurdamente, tirou carros das ruas e contribuiu para a melhoria das condições do trânsito. O Brasil é o país da bicicleta, já somos maioria e se o governo frear o assédio da industria automobilística, podemos ter um número ainda maior de ciclistas. Como você avalia que o tema tem sido tratado pelas campanhas de prefeito e vereador? Aqui em São Paulo, nunca a bicicleta entrou tanto na pauta como nessas eleições. Os motivos são vários, as ações lúdicas realizadas pelos cicloativistas que acabam gerando a discussão na sociedade, o crescimento do uso da bicicleta como meio de transporte, até o fato de uma candidata ter colocado tanto isso em discussão nos debates, acabou obrigando os políticos a olharem com atenção aos ciclistas.
O balão já diz tudo
Lembro que há quatro anos nenhum candidato fazia sua campanha defendendo explicitamente a Bicicleta. Hoje, já aparecem vários com essa bandeira. Claro que tem muito oportunismo por parte de alguns, mas os ciclistas têm discernimento suficiente para identificá-los. E a mobilização da sociedade pela institucionalização do uso das magrelas? Vejo uma grande mobilização entre os que já são Ciclistas e diferente dos tradicionais movimentos políticos que praticamente só tendem a questionar o governo (só quando são oposição), os ciclistas procuram passar uma mensagem para toda a população também. Esse é um tipo de movimento novo e ao qual nem todos estão acostumados. Enquanto a democracia representativa alguém diz, “vote em mim que eu faço por você”, na democracia participativa a mensagem é “Vá e faça você, não espere que alguém o faça”.
Pasqualini põe a mão na massa: movimento do "faça você mesmo"
Esse tipo de movimento, onde não há lideranças, onde todos se sentem responsáveis pelo sucesso das ações, estimulam as pessoas a agirem e participarem ativamente da sociedade. Um reflexo disso está na quantidade de cidades que hoje também promovem bicicletadas. Há pouco menos de um ano, havia 5 cidades cadastradas, hoje são mais de 26 e toda semana pessoas entram no site e criam suas Bicicletadas. Como a Bicicleta é o fator em comum com todos que participam desse movimento, sem dúvida ela sairá com muita força. Sinto que estamos caminhando para uma situação irreversível. A cada ano que se passa a Bicicleta vai ganhando força e junto traz a população com a vontade e responsabilidade de retomar o espaço público transformando nossas cidades em lugares bem mais agradáveis para se viver.

RESULTADO CAMPEONATO MINEIRO DE CICLISMO . RESISTÊNCIA SPEED 2008