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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Pampulha será revitalizada para garantir tombamento do conjunto arquitetônico


Avenida Otacílio Negrão de Lima terá novo piso próximo à igrejinha

O projeto Pampulha Patrimônio Cultural da Humanidade vai exigir uma série de intervenções urbanísticas, de revitalização e restauro nessa região de Belo Horizonte para que o título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) seja finalmente conquistado. Uma das medidas definidas pela prefeitura é a elevação do piso na Avenida Otacílio Negrão de Lima entre a Igreja de São Francisco de Assis e a Praça Dino Barbiero. O objetivo é unir os dois espaços, criar um ambiente único, facilitar a circulação dos visitantes e moradores, além de garantir mais segurança. Hoje, em reunião com os secretários, o prefeito Marcio Lacerda vai dar as diretrizes do projeto, lançado sábado no Museu de Arte da Pampulha (MAP), e definir  outras questões, como a conservação dos jardins das praças projetadas por Roberto Burle Marx (1909–1994).

O piso elevado na Avenida Otacílio Negrão de Lima será igual ao existente entre o Minascentro e o Mercado Central, No Centro. “O trânsito continuará fluindo normalmente em frente à igreja, mas sem velocidade. O templo católico, no estilo modernista, foi projetado em 1943 por Oscar Niemeyer e integra o conjunto arquitetônico – Casa do Baile, Museu de Arte da Pampulha (MAP), antigo cassino, Iate Clube e outros, tombados pelo município, estado e União.   Quem está à frente do projeto é o arquiteto, urbanista e paisagista Ricardo Lanna, considerado um dos mais importantes estudiosos de Burle Marx no país. A restauração dos jardins do artista inclui o resgate dos projetos originais contratados pela prefeitura na década de 1940. A ideia do arquiteto é recuperar a geometria original dos jardins, deixando-os em reciprocidade visual com o projeto arquitetônico de Niemeyer. Há um levantamento das espécies existentes, constatando-se que algumas delas, integrantes do projeto no anos 1940, se perderam com o tempo. O projeto prevê a restauração dos sistemas de iluminação e irrigação dos jardins. O custo será de R$ 20 milhões.

Candidatura
No sábado, foi dada a largada para a busca do título que a Pampulha persegue há 16 anos, desde a primeira inscrição. Lacerda assinou portaria criando a comissão para acompanhar o projeto que terá como peça principal um dossiê a ser encaminhado à Unesco. A expectativa é de que o documento com fotos, histórico e outros registros seja entregue pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à Unesco dentro de um ano.
Matéria publicada no Estado de Minas em dezembro de 2012

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