O Brasil tem uma frota de cerca de 100 milhões de bicicletas – quatro para cada carro – mas as cidades pouco fazem para dar segurança aos ciclistas ou estimular esse meio de transporte.
Considerando a proximidade das eleições municipais, o Blog das Ruas convidou o cicloativista André Pasqualini para falar sobre a utilização das bicicletas nos centros urbanos brasileiros.
André Pasqualini "protegendo-se" da poluição
Analista de sistemas, Pasqualini, 34, transformou sua paixão por pedalar em ideologia de vida. Desde 2000, mantém o site cicloBR, através do qual articula e informa outros colegas de pedal sobre o que acontece no universo das bikes, com ênfase especial no ciclista urbano. Há pouco mais de três meses, foi preso pela polícia de São Paulo – e logo depois liberado - numa manifestações em que muitos ciclistas tiraram a roupa para mostrar como “sentiam-se nus” diante dos carros.
O ativista mostra as muitas funções da bicicleta
Participa ativamente da bicicletada (massa crítica), movimento de ciclistas que, sempre na última sexta do mês, toma conta de algumas cidades brasileiras. - Me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas (eleitores) que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta – diz. Na entrevista abaixo, André fala sobre o universo dos ciclistas urbanos, sugere medidas para o poder público incentivar o uso da bicicleta e comenta como as campanhas municipais têm utilizado o tema. Blog das Ruas - Você tem contatos com muitos ciclistas pelo Brasil. Qual seria o cenário hoje do uso das bicicletas nos centros urbanos brasileiros? André Pasqualini - Segundo números da Abradib, em 2006 a frota de bicicletas era de 75 milhões. Isso números da indústria, sem contar as bicicletas feitas artesanalmente ou em pequenas fábricas. Facilmente devemos ter no Brasil algo como 100 milhões de bicicletas contra uma frota de 25 milhões de carros. Cerca de 70% das bicicletas brasileiras são usadas como meio de transporte, ou seja, só com os ciclistas daria para eleger um presidente da República. Mas no Brasil, a maior parte dos investimentos viários visa beneficiar o deslocamento individual motorizado, colocando em segundo plano (quando não ignoram) ciclistas, pedestres e usuários de transporte público. Mas o ativismo (ou cicloativismo) vem crescendo no país inteiro e ele acaba trazendo frutos para que haja uma mudança cultural que irá influenciar nossos futuros governantes. Tudo ainda é muito tímido, mas sinto que a mudança será inevitável.
Bicicletada: exemplo do ativismo crescente
Infelizmente, São Paulo acaba sendo exemplo para todo o Brasil (principalmente um mau exemplo) e muitas cidades acabam copiando o péssimo modelo paulista de administração do espaço público onde a prioridade ao carro é total. Se conseguirmos mudar esse modelo em São Paulo, temos certeza que ele também será copiado por outras cidades, poupando os demais centros urbanos do caos e malefícios que essa política urbana trouxe para a nossa cidade. Conhece alguma cidade brasileira que tenha realizado experiência de integração do transporte público com a bicicleta, a exemplo de Paris e Lyon? No Brasil ainda não há nenhuma cidade com um modelo parecido. São Paulo acaba de lançar seu modelo de aluguel de bicicletas, sendo implantado basicamente no Centro expandido da cidade, região onde é mais seguro se pedalar, mas esse sistema ainda tem que evoluir muito. O Rio também esta prestes a implantar um modelo como esse. Tem ainda a cidade de Sorocaba, que fica a 100 km de São Paulo. Uma cidade com 600 mil habitantes que já construiu 40 km de ciclovias e tem um plano cicloviário de 80 km a serem construídos até o final do ano. O prefeito daquela cidade fez uma promessa de campanha de criar um sistema como esse mas com aluguel totalmente gratuito à população. Se realmente não ficar só na promessa essa cidade tende a ser um ótimo exemplo de mudança cultural a partir do incentivo à bicicleta. Daí não precisaremos viajar até Bogotá para ver bons exemplos, teremos um ótimo exemplo bem próximo de nós. O que mais te choca na questão do pouco investimento? Isso gera pouca utilização das bicicletas? Na verdade, não vejo assim. Segundo a pesquisa Origem e Destino (OD) do Metrô, 350 mil ciclistas usam a bicicleta diariamente como meio de transporte só em São Paulo. Mas essa pesquisa só considera o modal maior, ou seja, se o cara vai pedalando até a estação e segue de Metrô; só é considerado o deslocamento de Metrô e não de Bicicleta. Portanto esse número tende a ser muito maior. Há muitos ciclistas pedalando nos centros urbanos, mas eles são invisíveis, pois eles não ocupam espaço, não fazem barulho, não perturbam as pessoas e dá essa impressão de que tem pouca gente andando de bicicleta. Se temos 75 milhões de bicicletas e 70% delas são usadas como meio de transporte, isso é mais que todos os deslocamentos individuais motorizados feitos no Brasil.
Bicicletas: maioria (ainda) sem prestígio
Portanto, o que mais me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas, eleitores, que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta. Preferem continuar estimulando as pessoas a comprarem carros, degradando as cidades, gastando bilhões devido ao aumento de acidentes, com os problemas gerados pela poluição e por aí vai. Como ciclista e ativista, qual o principal prejuízo gerado pela falta da prática do ciclismo nas cidades? A qualidade de vida das pessoas nos centros urbanos poderia ser muito melhor se tivéssemos um grande fomento ao uso da bicicleta. Sem contar que, com mais bicicletas nas ruas, os carros seriam obrigados a andar mais devagar, poluiriam menos, fariam menos barulho e deixariam as ruas mais convidativas para que as pessoas ocupassem os espaços públicos.
Cicloativistas "ensinam" o poder público a sinalizar as ruas
Uma simples mudança de prioridades, colocando o carro em último e, em primeiro, o pedestre e a bicicleta, além do usuário de transporte público, seria o suficiente para melhorar de imediato a qualidade de vida das pessoas. O que é possível ser feito de imediato para promover nas maiores cidades brasileiras, num período relativamente curto (próximos quatros anos), mudanças neste cenário? Quatro anos é muito tempo, dá para ser feito já. Sinalizar ruas informando aos motoristas sobre o tráfego de ciclistas, realizar campanhas de educação informando aos motoristas que a rua não é deles e sim de toda a população, e até de quem não tem carro! As cidades que quiserem fazer algo a longo prazo têm que investir primeiro num Plano Cicloviário, estudando onde podem ser construídas ciclovias, ciclofaixas ou criar zonas 30, onde os motoristas têm que andar a 30 km/h, o que beneficia pedestres e ciclistas.
Cicloativismo no Dia Mundial Sem Carro (22.09)
Aparelhar o sistema de transporte público com bicicletários e paraciclos para integrar a bicicleta a eles. Obrigar estabelecimentos comerciais com vagas para carros a destinarem vagas para bicicletas e por aí vai. Existe uma quantidade absurda de pessoas que gostariam de pedalar mas não fazem por medo. Em todas as experiências mundiais onde o estado fomentou o uso da bicicleta, ela cresceu absurdamente, tirou carros das ruas e contribuiu para a melhoria das condições do trânsito. O Brasil é o país da bicicleta, já somos maioria e se o governo frear o assédio da industria automobilística, podemos ter um número ainda maior de ciclistas. Como você avalia que o tema tem sido tratado pelas campanhas de prefeito e vereador? Aqui em São Paulo, nunca a bicicleta entrou tanto na pauta como nessas eleições. Os motivos são vários, as ações lúdicas realizadas pelos cicloativistas que acabam gerando a discussão na sociedade, o crescimento do uso da bicicleta como meio de transporte, até o fato de uma candidata ter colocado tanto isso em discussão nos debates, acabou obrigando os políticos a olharem com atenção aos ciclistas.
O balão já diz tudo
Lembro que há quatro anos nenhum candidato fazia sua campanha defendendo explicitamente a Bicicleta. Hoje, já aparecem vários com essa bandeira. Claro que tem muito oportunismo por parte de alguns, mas os ciclistas têm discernimento suficiente para identificá-los. E a mobilização da sociedade pela institucionalização do uso das magrelas? Vejo uma grande mobilização entre os que já são Ciclistas e diferente dos tradicionais movimentos políticos que praticamente só tendem a questionar o governo (só quando são oposição), os ciclistas procuram passar uma mensagem para toda a população também. Esse é um tipo de movimento novo e ao qual nem todos estão acostumados. Enquanto a democracia representativa alguém diz, “vote em mim que eu faço por você”, na democracia participativa a mensagem é “Vá e faça você, não espere que alguém o faça”.
Pasqualini põe a mão na massa: movimento do "faça você mesmo"
Esse tipo de movimento, onde não há lideranças, onde todos se sentem responsáveis pelo sucesso das ações, estimulam as pessoas a agirem e participarem ativamente da sociedade. Um reflexo disso está na quantidade de cidades que hoje também promovem bicicletadas. Há pouco menos de um ano, havia 5 cidades cadastradas, hoje são mais de 26 e toda semana pessoas entram no site e criam suas Bicicletadas. Como a Bicicleta é o fator em comum com todos que participam desse movimento, sem dúvida ela sairá com muita força. Sinto que estamos caminhando para uma situação irreversível. A cada ano que se passa a Bicicleta vai ganhando força e junto traz a população com a vontade e responsabilidade de retomar o espaço público transformando nossas cidades em lugares bem mais agradáveis para se viver.
Considerando a proximidade das eleições municipais, o Blog das Ruas convidou o cicloativista André Pasqualini para falar sobre a utilização das bicicletas nos centros urbanos brasileiros.
André Pasqualini "protegendo-se" da poluição
Analista de sistemas, Pasqualini, 34, transformou sua paixão por pedalar em ideologia de vida. Desde 2000, mantém o site cicloBR, através do qual articula e informa outros colegas de pedal sobre o que acontece no universo das bikes, com ênfase especial no ciclista urbano. Há pouco mais de três meses, foi preso pela polícia de São Paulo – e logo depois liberado - numa manifestações em que muitos ciclistas tiraram a roupa para mostrar como “sentiam-se nus” diante dos carros.
O ativista mostra as muitas funções da bicicleta
Participa ativamente da bicicletada (massa crítica), movimento de ciclistas que, sempre na última sexta do mês, toma conta de algumas cidades brasileiras. - Me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas (eleitores) que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta – diz. Na entrevista abaixo, André fala sobre o universo dos ciclistas urbanos, sugere medidas para o poder público incentivar o uso da bicicleta e comenta como as campanhas municipais têm utilizado o tema. Blog das Ruas - Você tem contatos com muitos ciclistas pelo Brasil. Qual seria o cenário hoje do uso das bicicletas nos centros urbanos brasileiros? André Pasqualini - Segundo números da Abradib, em 2006 a frota de bicicletas era de 75 milhões. Isso números da indústria, sem contar as bicicletas feitas artesanalmente ou em pequenas fábricas. Facilmente devemos ter no Brasil algo como 100 milhões de bicicletas contra uma frota de 25 milhões de carros. Cerca de 70% das bicicletas brasileiras são usadas como meio de transporte, ou seja, só com os ciclistas daria para eleger um presidente da República. Mas no Brasil, a maior parte dos investimentos viários visa beneficiar o deslocamento individual motorizado, colocando em segundo plano (quando não ignoram) ciclistas, pedestres e usuários de transporte público. Mas o ativismo (ou cicloativismo) vem crescendo no país inteiro e ele acaba trazendo frutos para que haja uma mudança cultural que irá influenciar nossos futuros governantes. Tudo ainda é muito tímido, mas sinto que a mudança será inevitável.
Bicicletada: exemplo do ativismo crescente
Infelizmente, São Paulo acaba sendo exemplo para todo o Brasil (principalmente um mau exemplo) e muitas cidades acabam copiando o péssimo modelo paulista de administração do espaço público onde a prioridade ao carro é total. Se conseguirmos mudar esse modelo em São Paulo, temos certeza que ele também será copiado por outras cidades, poupando os demais centros urbanos do caos e malefícios que essa política urbana trouxe para a nossa cidade. Conhece alguma cidade brasileira que tenha realizado experiência de integração do transporte público com a bicicleta, a exemplo de Paris e Lyon? No Brasil ainda não há nenhuma cidade com um modelo parecido. São Paulo acaba de lançar seu modelo de aluguel de bicicletas, sendo implantado basicamente no Centro expandido da cidade, região onde é mais seguro se pedalar, mas esse sistema ainda tem que evoluir muito. O Rio também esta prestes a implantar um modelo como esse. Tem ainda a cidade de Sorocaba, que fica a 100 km de São Paulo. Uma cidade com 600 mil habitantes que já construiu 40 km de ciclovias e tem um plano cicloviário de 80 km a serem construídos até o final do ano. O prefeito daquela cidade fez uma promessa de campanha de criar um sistema como esse mas com aluguel totalmente gratuito à população. Se realmente não ficar só na promessa essa cidade tende a ser um ótimo exemplo de mudança cultural a partir do incentivo à bicicleta. Daí não precisaremos viajar até Bogotá para ver bons exemplos, teremos um ótimo exemplo bem próximo de nós. O que mais te choca na questão do pouco investimento? Isso gera pouca utilização das bicicletas? Na verdade, não vejo assim. Segundo a pesquisa Origem e Destino (OD) do Metrô, 350 mil ciclistas usam a bicicleta diariamente como meio de transporte só em São Paulo. Mas essa pesquisa só considera o modal maior, ou seja, se o cara vai pedalando até a estação e segue de Metrô; só é considerado o deslocamento de Metrô e não de Bicicleta. Portanto esse número tende a ser muito maior. Há muitos ciclistas pedalando nos centros urbanos, mas eles são invisíveis, pois eles não ocupam espaço, não fazem barulho, não perturbam as pessoas e dá essa impressão de que tem pouca gente andando de bicicleta. Se temos 75 milhões de bicicletas e 70% delas são usadas como meio de transporte, isso é mais que todos os deslocamentos individuais motorizados feitos no Brasil.
Bicicletas: maioria (ainda) sem prestígio
Portanto, o que mais me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas, eleitores, que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta. Preferem continuar estimulando as pessoas a comprarem carros, degradando as cidades, gastando bilhões devido ao aumento de acidentes, com os problemas gerados pela poluição e por aí vai. Como ciclista e ativista, qual o principal prejuízo gerado pela falta da prática do ciclismo nas cidades? A qualidade de vida das pessoas nos centros urbanos poderia ser muito melhor se tivéssemos um grande fomento ao uso da bicicleta. Sem contar que, com mais bicicletas nas ruas, os carros seriam obrigados a andar mais devagar, poluiriam menos, fariam menos barulho e deixariam as ruas mais convidativas para que as pessoas ocupassem os espaços públicos.
Cicloativistas "ensinam" o poder público a sinalizar as ruas
Uma simples mudança de prioridades, colocando o carro em último e, em primeiro, o pedestre e a bicicleta, além do usuário de transporte público, seria o suficiente para melhorar de imediato a qualidade de vida das pessoas. O que é possível ser feito de imediato para promover nas maiores cidades brasileiras, num período relativamente curto (próximos quatros anos), mudanças neste cenário? Quatro anos é muito tempo, dá para ser feito já. Sinalizar ruas informando aos motoristas sobre o tráfego de ciclistas, realizar campanhas de educação informando aos motoristas que a rua não é deles e sim de toda a população, e até de quem não tem carro! As cidades que quiserem fazer algo a longo prazo têm que investir primeiro num Plano Cicloviário, estudando onde podem ser construídas ciclovias, ciclofaixas ou criar zonas 30, onde os motoristas têm que andar a 30 km/h, o que beneficia pedestres e ciclistas.
Cicloativismo no Dia Mundial Sem Carro (22.09)
Aparelhar o sistema de transporte público com bicicletários e paraciclos para integrar a bicicleta a eles. Obrigar estabelecimentos comerciais com vagas para carros a destinarem vagas para bicicletas e por aí vai. Existe uma quantidade absurda de pessoas que gostariam de pedalar mas não fazem por medo. Em todas as experiências mundiais onde o estado fomentou o uso da bicicleta, ela cresceu absurdamente, tirou carros das ruas e contribuiu para a melhoria das condições do trânsito. O Brasil é o país da bicicleta, já somos maioria e se o governo frear o assédio da industria automobilística, podemos ter um número ainda maior de ciclistas. Como você avalia que o tema tem sido tratado pelas campanhas de prefeito e vereador? Aqui em São Paulo, nunca a bicicleta entrou tanto na pauta como nessas eleições. Os motivos são vários, as ações lúdicas realizadas pelos cicloativistas que acabam gerando a discussão na sociedade, o crescimento do uso da bicicleta como meio de transporte, até o fato de uma candidata ter colocado tanto isso em discussão nos debates, acabou obrigando os políticos a olharem com atenção aos ciclistas.
O balão já diz tudo
Lembro que há quatro anos nenhum candidato fazia sua campanha defendendo explicitamente a Bicicleta. Hoje, já aparecem vários com essa bandeira. Claro que tem muito oportunismo por parte de alguns, mas os ciclistas têm discernimento suficiente para identificá-los. E a mobilização da sociedade pela institucionalização do uso das magrelas? Vejo uma grande mobilização entre os que já são Ciclistas e diferente dos tradicionais movimentos políticos que praticamente só tendem a questionar o governo (só quando são oposição), os ciclistas procuram passar uma mensagem para toda a população também. Esse é um tipo de movimento novo e ao qual nem todos estão acostumados. Enquanto a democracia representativa alguém diz, “vote em mim que eu faço por você”, na democracia participativa a mensagem é “Vá e faça você, não espere que alguém o faça”.
Pasqualini põe a mão na massa: movimento do "faça você mesmo"
Esse tipo de movimento, onde não há lideranças, onde todos se sentem responsáveis pelo sucesso das ações, estimulam as pessoas a agirem e participarem ativamente da sociedade. Um reflexo disso está na quantidade de cidades que hoje também promovem bicicletadas. Há pouco menos de um ano, havia 5 cidades cadastradas, hoje são mais de 26 e toda semana pessoas entram no site e criam suas Bicicletadas. Como a Bicicleta é o fator em comum com todos que participam desse movimento, sem dúvida ela sairá com muita força. Sinto que estamos caminhando para uma situação irreversível. A cada ano que se passa a Bicicleta vai ganhando força e junto traz a população com a vontade e responsabilidade de retomar o espaço público transformando nossas cidades em lugares bem mais agradáveis para se viver.
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